sábado, 17 de maio de 2008

Adeus você

Sentada da maneira mais confortável que achei, pedi que colocassem certa música e cantei junto. Estava cantando cada palavra com força, como se a força tirasse os resquícios do que um dia aquela canção me fez sentir, mas a anestesia do dia-a-dia estava presente. Cada palavra cantada me lembrava das palavras escritas, as sensações variadas, o passado-próximo. Finalmente um frio na barriga, algo pra sentir de verdade! Me empolguei mais, cantei mais alto e olhei para trás, lá estava ele, passando calmamente de um lado pro outro. Mal sabe que durante semanas cantei essas palavras pensando nele. O frio congelou, a sensação doeu e as palavras eram só parte da canção, não de mim.