Sentou-se na cadeira com uma xícara de chá gelado e começou a balançar no ritmo que o vento mandava. O tempo passou rápido, pensa Dona Democracia, e estou viva.
Os gregos atenienses foram os pais, planejaram e sonharam com sua cria. O nome tem fundo filosófico, "demos" é sinônimo de povo e "kratia" de governo, ali havia nascido o tão sonhado "governo do povo". Nasceu com pose e nome importante.
Quantos foram a meu favor, diziam meu nome com brilho nos olhos, sonharam. Entre um gole e outro de chá dizia alto alguns pensamentos, já estava acostumada àquela situação. Sentar e esperar.
Poder na mão do povo? Em Atenas o "povo" que detinha o poder era a minoria da população. Dona Democracia foi e é mal vista por muitos, dizem que ela se passa por outra.
Rugas no rosto mostram que não é a mesma, e como permanecer igual desde o início? Dissimulada não, exclamou.
Se desde o começo não é como foi idealizada não podem acusá-la de falsa, como também é impossível cobrar que se mantenha a mesma a vida toda.
A xícara estava vazia e ela continuava sentada, olhando para o horizonte. Me pergunto como poderão viver sem mim, disse ainda com olhar distante, penso que sou tão parte deles quanto eles de mim.
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Um comentário:
Narração; Tema: Democracia
COMENTÁRIOS DO AVALIADOR:
Laura, sua alegoria pode ser trabalhada com outras informações e críticas. Historicamente, por exemplo, há muito mais que pode ser escrito sobre a democracia. Use aspas quando necessárias. Evite as rasuras. Leia sempre!
NOTA: 76
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