quinta-feira, 3 de abril de 2008

6º Andar

Ah, mas as reclamações, os pensamentos e a saudade giram quase sempre em volta de ti. Quis uma máscara para me esconder e dizer as palavras que aprisiono há tempos em minha garganta, nunca conseguiria. Faz falta pensar na remota possibilidade de ser recíproco. Quanto à certeza que me deram há algum tempo, perdi, deixei que levassem. Não quero certezas doadas, quero palavras e certezas concretas, olhos nos olhos e mãos trêmulas. Quis, na verdade só quis, é o passado do verbo, as borboletas no estômago me impediram de conjugar como deveria. Minha memória, tão seletiva, guarda as exatas palavras e me sinto boba. Talvez devesse ter levantado o rosto, mantido os olhos nos olhos, os braços nos abraços. É tão óbvio, não? Deixei passar, não nego. De todas as palavras que passam por minha mente agora e tentam saltar pelos meus dedos, a que escolho dizer é fim.

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