quarta-feira, 2 de abril de 2008

Enfado de si

Cansei das mesmas palavras repetidas infinitamente, já estão gastas de tanto uso. São os mesmos pensamentos, as mesmas palavras, os mesmos reinícios e sempre, sempre o mesmo fim. Recompensa é um sabor que quero experimentar, penso ser doce. Amargo é ver ficar distante, tão mais distante, o lugar que se almeja. Confesso, esforço não é meu forte, me deixo levar pela preguiça e só aos sábados tenho certeza da grande besteira que fiz. Se me perguntarem agora se prefiro fazer o que quero ou fazer o que devo, responderia a segunda opção. Agora me pergunte se sigo meus conselhos e a resposta será o silêncio, o famoso silêncio que dará certeza da resposta negativa omitida. É o esforço para se esforçar, o empenho para empenhar. Não existe! Diga não me esforço, assuma teus erros e tente mudá-los. Eu digo, assumo e peco na última parte. O que mais quero? Ler meu nome na lista, arrumar as malas, festa de despedida, apartamento novo em uma cidade nova, rotina nova. É antagônico ao que prevejo. Nome na chamada do colégio mais um ano, choro pela ausência do nome na lista, raiva das matérias já revisadas outras vezes.
Voltaria para Dezembro, férias mais uma vez e faria o começo diferente. Pode parecer exagero, mas não vejo no porvir algo agradável, vejo mais do mesmo. Faria diferente.