sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Barrados no Baile, ou quase isso.

Peguei meu scarpin novo e fui pra porta do pub tentar a sorte, ouvi boatos que até dezesseis anos só podia entrar com pais, mas que de dezesseis pra cima poderia entrar normalmente. Chegou minha vez, entrei e logo senti o friozinho do ar condicionado.
- Boa noite, já conhecem a casa? - disse a moça simpática que atendia quem entrava
- Boa noite, conheço sim. - minha amiga respondeu - Mas, deixa eu te falar, essa minha amiga tá sem a identidade dela, mas ela tem 17 anos... Ela pode entrar?
Enquanto isso eu fiquei em silêncio pensando em algo pra dizer, nada. A moça simpática me analisou e com um sorriso disse "Espera só um pouquinho, temos que falar com o gerente." E então abriu a porta e chamou um homem, explicou a história pra ele que se virou pra mim e disse "Olha, só podemos deixar entrar aqui com identidade porque se alguém vier aqui pra olhar a idade das pessoas que entraram e eu tiver deixado alguém entrar sem identidade posso levar uma multa de sete milhões e mesmo você tendo dezessete anos completos não posso te deixar entrar". Pronto, tive que sair de lá enquanto minha amiga conseguia entrar com a identidade falsa dela.Fiquei sentada no sofá vermelho do lado de fora do pub falando com uma amiga no celular, vendo a fila na porta ficar cada vez menor, vendo oportunidades desperdiçadas. Minha amiga do celular chegou lá algum tempo depois, entramos na fila de novo morrendo de medo de sermos barradas, eu pela segunda vez na mesma noite. Quando só restavam umas três pessoas na nossa frente resolvemos desistir de tentar entrar e sentamos no sofá vermelho pra ouvir o show do Forgotten Boys do lado de fora. Ela cantava todas as músicas, eu tentava falar com alguém que estivesse lá dentro.
Quando o show acabou decidimos que não tinha mais porque ficar lá, enquanto eu estava no sofá esperando ela chegar eu tinha visto o Chuck mesmo. Saímos de lá pra andar pela cidade, no meio do caminho trocamos de scarpin, o meu era alto demais e meu pé estava doendo, mas não deu muito certo já que o dela era menor que o meu. Saímos por aí até que um velho começou a nos seguir, então o tamanho do sapato já não importava, saímos correndo. Quando não conseguíamos mais ver o velhinho tiramos os sapatos e corremos mais ainda, desta vez em uma avenida com os sapatos nas mãos. Chegamos no Juca's e estava tudo fechado, então ficamos na frente do Kabanas e pedimos um táxi, resolvemos ir pra pracinha e ao chegar lá estava tudo fechado, logo só restou um lugar para irmos: casa. Chegamos, acordamos minha mãe, comemos brigadeiro e rimos um pouco.
Noites loser são a nossa especialidade.

Um comentário:

Aninha disse...

nééé.
eu tenho um depoimento a fazer \o/
só quero dizer que ser barrado faz mal pra auto-estima e pro ego.
:~
paia.