sábado, 29 de março de 2008

Equilibrista

Estávamos andando por linhas tortas, quem pisasse fora dos quadrados estaria fora da brincadeira, ríamos alto e as pessoas olhavam. Invejam nossa liberdade, eu pensava. Braços dados e garrafas nas mãos, as linhas do chão se moviam e a todo momento pisávamos nelas. Pude sentir o suor dele através da blusa, dançamos a noite toda e cada música era um novo motivo para celebrarmos, minha mente estava vazia e meus quadris eram o comandante. Respirávamos cansados em um só som, cabelos molhados se misturando ao ritmo da música, éramos o rei e a rainha do nosso próprio baile. Já era domingo e o céu escuro dava lugar ao amarelo claro da manhã.

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