sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A cama ainda recuperava o fôlego e nós estávamos amarrotados. Eu perguntei, durante o silêncio habitual, por que ele havia me escolhido. Ele não respondeu e o silêncio voltou a reinar. Acabei dormindo e no meio da noite o abracei. Ao acordar entre seus braços pude me lembrar dos outros beijos, das outras mãos e do nada que isso significava. Os outros. Respirei fundo e senti nossos cheiros misturados no ar. Nós. Olhei pro seu rosto e pude ver meu sorriso refletido em seus olhos recém-abertos. Passamos mais alguns minutos abraçados até que ele disse "Eu te escolhi porque tive certeza de que sua beleza seria a mesma às três da manhã. O que me chamou a atenção foi teu olhar, tua pele... Nada em ti é comum, vulgar. Tua beleza é constante, calma, sóbria. Assim como meu amor."

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